Comício do PCP em Santarém

Basta de exploração<br>e empobrecimento

O Teatro Sá da Bandeira, em Santarém, encheu-se na tarde de domingo para um comício do PCP, no qual Jerónimo de Sousa voltou a apelar à participação na Marcha Nacional marcada para 6 de Junho em Lisboa.

PS, PSD e CDS vão tentar vender ilusões de mudança

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Integrado na acção nacional do Partido «Não ao declínio nacional. Soluções para o País», o comício de Santarém ficou marcado por um novo e mais veemente apelo do Secretário-geral do PCP aos trabalhadores, aos jovens, às mulheres e aos reformados, aos democratas e patriotas: «Juntem-se a nós na marcha nacional do próximo dia 6 de Junho, na Avenida da Liberdade, do Marquês de Pombal à Baixa, pela libertação e dignidade nacionais por uma política patriótica e de esquerda.»

A Marcha será, garantiu Jerónimo de Sousa às cerca de 200 pessoas presentes, uma «grande jornada de luta, de afirmação da força e da vontade do povo português num País desenvolvido» e uma «poderosa afirmação de que reside no povo a decisão soberana sobre o futuro que quer ver construído». O dirigente do Partido acrescentou ainda que perante a situação do povo e do País, «não nos conformamos, não desistimos, afirmamos uma posição clara: Basta! Basta de humilhação, basta de exploração e empobrecimento, basta de corrupção e dependência». O PCP, reafirmou, assume um projecto de «libertação, de dignidade, de honestidade, de desenvolvimento e soberania para Portugal».

Referindo-se às eleições legislativas que se aproximam, Jerónimo de Sousa considerou-as um momento da maior importância para dar expressão e continuidade à luta pela «inadiável ruptura com a política de direita». Aliás, acrescentou, é hoje mais urgente do que nunca concretizar uma política que «liberte o País simultaneamente da submissão externa e do domínio do capital monopolista». A CDU e as suas componentes, confia, sairão desta batalha «em melhores condições e mais próximos de construir a política alternativa patriótica e de esquerda e de lutar pela alternativa política».

Determinação para a batalha

A campanha em que os militantes do PCP e do PEV e os activistas da CDU se empenharão, garantiu o dirigente comunista, deverá afirmar com confiança a possibilidade de uma «alternativa ao rumo de empobrecimento do povo e do País, à submissão e à dependência», de «soluções e respostas para os problemas nacionais». Uma e outras, sublinhou, só serão possíveis com mais votos e mais eleitos da coligação PCP-PEV.

Jerónimo de Sousa lembrou ainda que a campanha deverá contribuir para revelar que o «povo português não precisa de andar à procura de opções que significam novas ilusões e logo novas desilusões», pois tem no PCP e na CDU a «opção política coerente, capaz e indispensável para dar resposta aos problemas do País». Sendo muitos os que «aspiram a ver pelas costas, de uma vez por todas», o Governo PSD/CDS, o Secretário-geral do Partido realçou serem também cada vez mais aqueles que ganham consciência de que a solução dos problemas nacionais «tem de ser encontrada fora do ciclo de rotativismo e alternância», e que querem ver «interrompida e derrotada a política de direita que PSD, CDS e PS vêm impondo há 38 anos».

Vendedores de ilusões

Por mais que o neguem, se o PS, o PSD e o CDS se apanharem novamente no poder farão «o que têm feito sempre – simulação de viragens de orientação e mudanças de rumo que nunca pensaram concretizar, com um único objectivo: eternizar a sua política de sempre». Se a coligação do Governo está já a montar, com o «empenhado apoio da Presidência da República», uma campanha de propaganda visando «atalhar uma derrota que têm como certa», o PS proclama posicionamentos à esquerda ao mesmo tempo que jura fidelidade ao Tratado Orçamental e às suas regras.

Os denominados «12 sábios» do programa do PS, quando afirmam querer «cumprir à risca as regras da dívida e do défice previstas no Pacto Orçamental até 2019» sem austeridade nem cortes e com crescimento, o que estão a dizer é que encontraram a «solução da quadratura do círculo que estava por inventar». Tudo isto, claro, sem renegociar a dívida e apenas com a «flexibilização inteligente do Tratado Orçamental».

Dizem isto agora, mas um dia «virão de uma reunião de Bruxelas, se lá chegarem, anunciando com ar grave, como José Sócrates, que o mundo tinha mudado nesse fim-de-semana e debaixo do braço, mais um PEC de medidas iguaizinhas às que Passos Coelho aplicaria». Que não haja ilusões, alertou.

 



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